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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Turistas estrangeiros e brasileiros se encantam com as tradições juninas


Os visitantes aos poucos descobrem um pouco mais sobre a cultura nordestina nos festejos juninos em Sergipe




A dança, que é uma das mais belas tradições juninas, cativam brasileiros e estrangeiros
Para quem nasce na região Nordeste, a simbologia junina é uma realidade permanente. Seja no cheiro característico do mugunzá ou no som inconfundível do triângulo, o nordestino sabe reconhecer a chegada do mês de junho. E se, para os nativos, o encanto pelas tradições festivas se renova a cada ano, não é difícil imaginar o deslumbramento de quem vem de fora e aterrissa em Sergipe neste período. Ainda mais quando o destino escolhido é o Arraiá do Povo.

"Acho muito bonitas as roupas. Como se chamam mesmo essas roupas?", indagou o sueco Bobby Malnstrã, casado há 14 anos com a sergipana Silvânia. "Caipiras", respondeu ela, auxiliando no vocabulário pouco habitual ao marido. Ele já compareceu a outras edições do evento, mas, a cada nova oportunidade, admira-se com o que encontra aqui. "Eu gosto da festa, vem muita gente. É uma cultura variada", explicou o turista estrangeiro.

Ao som do Trio Piauí, ele garantiu que tentou se familiarizar com o forró. "Não é minha dança local, mas eu treino", afirmou Bobby, natural de Lund, sul da Suécia. Enquanto, na Europa, o balanço do ritmo nordestino é uma realidade distante, há quem encontre semelhanças com o swing latino. Pelo menos é essa a opinião do casal colombiano Santiago Roman e Jasmin Londonho, que veio pela primeira vez a Aracaju.

"O ritmo é parecido com a nossa salsa, mas é muito difícil", afirmou Roman, apresentado ao forró justamente na noite de São João. "Do Brasil, só conhecia o carnaval", revelou o visitante sul-americano, que, além do trio pé-de-serra, pôde assistir às apresentações da Quadrilha Junina Assum Preto e do Samba de Pareia do povoado Mussuca (Laranjeiras). "Está tudo muito bom e bonito", disse ele, apontando para as bandeirolas que colorem o cenário do Arraiá.

Forró autêntico

Nas noites do evento, a diversidade cultural do Brasil também é perceptível na Orla da Atalaia. Prova disso é Lourdes Pereira dos Santos: a turista gaúcha, que mora em São Paulo, ainda não conhecia Sergipe.  Estou gostando bastante, é muito animado. E a decoração é perfeita", elogiou.

O Arraiá do Povo é uma realização do Governo de Sergipe, através das secretarias de Estado da Cultura (Secult) e da Comunicação (Secom), com patrocínio do Instituto Banese, da Torre e da Petrobras, contando ainda com o apoio da NET, do Sebrae e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB).

Além do Trio Piauí, que embalou a oitava noite do Arraiá do Povo, foram Batista do Acordeom, João da Passarada e o cantor Ismael. E a responsabilidade deles era grande. "Acho o ritmo muito bonito, mas não sei dançar", confessou Lourdes.

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